Juntos...




Foi a primeira vez que viajámos juntos, desde que ambos tínhamos sido promovidos, cada um no seu canto do mundo, no entanto, de 2 em 2 meses, tínhamos as análises críticas das empresas e nessa altura, durante mais de 2 semanas, trabalhávamos em conjunto.

Tu como director financeiro e eu comercial, deslocámo-nos à Suiça para uma estada de 1 semana, na qual teríamos imensas reuniões com empresas com as quais havíamos firmado contratos.

Eu ainda não me tinha aventurado nas andanças para fora do país, mas tu já eras quase veterano e serias uma espécie de guia não fosse a outra razão pela qual eu também me deslocava aquele país.

Existem situações nas nossas vidas que conseguem mudar todo o seu curso, e para mim nesta altura, parece estar tudo a acontecer de "rajada". Os eventos sucedem-se em catadupa. Numa das minhas muitas idas à capital fui "spotted" por um booker que me disse ser eu exactamente o tipo de mulher que a marca pretendia, neste caso a Raymond Weil, prestigiada marca de relógios suiços. Fizemos uma produção fotográfica, e pasmem-se, fui mesmo escolhida para os representar em Portugal. Assim sendo, sucedeu-se o convite para visitar a fábrica e firmar contrato de 2 anos, com valores irrepetíveis.

Na sequência deste encontro com os representantes da marca, tivemos noites muito animadas, jantares e espectáculos, visitas pela cidade de Geneve, foi sem duvida uma semana para não mais esquecer e sobretudo porque eu e tu...

Bem, ainda consigo recordar a noite em que te abri a porta do meu quarto no hotel e te olhei surpreendida.

- Estás bem, o que houve?

Houve de imediato um enorme e apaixonado beijo, levaste-me ao colo até à cama na qual com uma vontade quase animal me tomaste, sentia a tua paixão, desejo, estavas sequioso da minha boca, e eu mesmo tomada pela surpresa não resisti, deixei-me ir. Aceitei-te com a naturalidade dos que se reconhecem. Soube-me bem ser amada assim, de forma carnal, permitindo que me viesse 2 e 3 vezes. Todo o meu corpo parecia em transe, há quanto tempo caramba!!

- Desculpa minha querida, não aguentava mais, e só de pensar que estaremos separados por mais um par de meses, se não o fizesse agora julgo que enlouqueceria.

- Não peças. Fizeste-me tão bem, foi tudo tão natural...

- O amor tem destas coisas.

- Isso quer dizer que me amas?

- Isto quer dizer que eu, António Vasco, estou aqui para te ter, dar, querer, cuidar, amar. Vais ter tudo aquilo a que tens direito.

- Well, acho que já comecei bem!

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