Onde é que me posso esconder afinal?

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Esconder-me, onde? Não sei como o poderia fazer, nem teria onde, porque não existe lugar suficientemente grande para tapar a minha luz. Um lugar que me impeça de mostrar que esta sou eu, que me movo, falo e sinto desta forma porque acho que mereço, porque sou intensamente intensa e porque se cheguei até aqui, depois de décadas de medos e de recuos, agora há que provar do que falo!


Não me estou a esconder de ti, não fugi do que sinto, apenas me deixei um pouco para trás, dando-te o espaço que precisas para te afirmares. Uma relação passa por entregas e cedências. Uma relação é querer mais ao outro do que a nós mesmos, mas sem nos demovermos do que que construímos, do que nos permitiu sermos olhados e do que acabou a mudar alguns dos passos que até já pareciam suficientemente firmes.

Continuo aqui, a mesma, a que sabes que encontrarás quando parares de mudar de direcção. Estou tão perto de ti e tão dentro, que arrancar-me será levares-me contigo e é por isso te peço que pares de tentar.

Sabes que a minha força nos levantará a vedação e que a forma como desejo a nossa vida em comum, proteger-nos-à do que paira lá fora, do que não controlamos, das noites escuras e dos dias sem sol. Sabes que não desistirei do que me mantém assim, como sou e que esta sensação que não me abandona, de que ainda nos iremos rir de nós e do tempo que perdemos e da nossa incapacidade de ver a verdade, é o que me basta para persistir. Deverias saber porque te escolhi. Porque te quero a ti e porque é que és quem vejo no meu futuro.

Esconder-me, onde? Sou tudo o que passo, por isso não tenho forma de me adulterar, nem quero!

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