De onde vieste tu afinal?

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Porque é que te aceito, assim, de forma tão natural como se soubesse onde estaremos no futuro? Porque é que nada do que deixes por fazer me sabe a vazio? De que forma é que me enches e preenches, mesmo quando não te tenho?

Prometi que não nos prometeria nada, mas a cada dia que passa sem que nos consigamos esgotar, sei que o que te dou te faz dar-me de volta o que nos servirá aos dois. A tua passada é mais lenta e compassada, mas leva-nos para os mesmos lugares. A tua vontade de mim é visível até quando pareço não a ver, e é dela que me alimento para continuar a alimentar-me de ti. A forma como me sentes já se sossegou, mas apenas porque as certezas chegaram.

De onde vieste tu afinal?

Ainda não sei quem nos ligou e permitiu reencontrar. Já não faço muitas perguntas, mas continuo à espera das respostas. Sinto, sem qualquer receio ou dúvida, que fomos arrancados de pedaços iguais, os mesmos que acabaram por se voltar a juntar Contigo vejo o sol, a lua e até os rios que não banham os nossos lugares. Contigo os sorrisos sabem a sinais e os toques a verdades que alguém guardou até que nos voltássemos a ligar.

De onde vieste tu afinal e porque não antes? Já sentia a tua falta antes mesmo de te ter. Queria recuperar o irrecuperável, mas estou a aprender a saber esperar, porque tu és a parte que não cabe a mais ninguém e eu tenho a que já se te entrou tão dentro, que não me teres será deixares de ser.

Algumas pessoas simplesmente têm que acontecer juntas e isso já sabemos, eu e tu!

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