Os anos não param de somar!

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Guilherme Alexandre Corrêa Paulino


Quem é que afinal começou por me mudar?

Foste tu meu filho, o meu primogénito. Quando te vi pela primeira vez, muito depois de saber que te amaria desmesuradamente, enchi-me de forças que pareciam ter vindo de outro planeta. Depois de ti, e passados os primeiros dias de medo e dúvidas, percebi que nada, mas mesmo nada seria capaz de me voltar a segurar e que por ti seria a melhor pessoa que te caberia como mãe.

Os anos não param de somar e tenho tentado, por vezes em vão, dada a velocidade dos dias, viver contigo cada momento irrepetível. Hoje és muito mais que o menino que me agarrava a mão como se eu fosse a única âncora capaz de te manter seguro. Hoje e de cada vez que te vejo, sinto que te estás a transformar no ser que sonhei, mal passaste para lá dos meus sonhos. Planeei-te nunca julgando que revolverias todos os meus planos de vida. Durante 5 anos, foste apenas tu na minha vida e que preenchida se tornara. Fiz tudo o que uma mãe faz para que acordasses e adormecesses a saber quem te cuidaria para além do que pudesses vir a ser.

Os anos não param de somar e agora sei, com muito mais convicção do que ontem, que te eduquei bem e que te passei o que o futuro mostrará aos outros. As mães que o são realmente, sabem o que precisam de saber e de ser para que a parte que ninguém arranca de nós se construa. As mães, tal como eu, vão aprendendo, com cada lágrima e muitos sorrisos, que parte do mundo mostrar e quando. As mães que sofrem apenas com os pensamentos que as invadem, por vezes desesperam com o pedaço de gente que fizeram nascer, mas nunca desistem de quem chegou um dia para as ensinar a amar.

Amar-te é o mais fácil, tudo o resto são degraus que ora subimos, ora descemos, mas apenas para sabermos em qual permanecer. Não preciso de um dia, que é este, para me lembrar do que nunca será possível esquecer, porque às 18:35 de um dia soalheiro, fizeste de mim a mulher que jamais acreditei poder ser. No dia 17 de Maio de 1994, eu, a tua mãe, começou a escrever uma história que só terminará quando já nada de mim restar. Até lá vou querer festejar cada vitória tua e amar todos os sons, cores e pessoas que fores capaz de amar. A tua mãe, porque não poderia ser de outra forma, aceitará as tuas escolhas, esperando pacientemente que as menos certas se acertem e que todas as outras te mantenham a pessoa maravilhosa que carrega parte de mim.

Parabéns meu filho. Love you now and forever!

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